As algas unicelulares são pertencentes ao Reino Protista ou Protoctista, juntamente com os protozoários. O Reino Protista é caracterizado por organismos eucariontes, são seres que não se enquadram dentro dos Reinos Plantae, Animalia e Fungi. Dentro do grupo dos Protistas há extensa variedade de organismos unicelulares, pluricelulares, autotróficos e heterotróficos.
As microalgas/algas unicelulares são organismos microscópicos, que habitam ambientes aquáticos de águas dulcícolas ou salgadas. São eucariontes e possuem nutrição autotrófica. Juntamente com outros organismos, constituem o fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar aquática (PINESE, 2008).
As algas microscópicas possuem um alto potencial biológico, ecológico e econômico (BARCELLOS, et al, 2012). Além de servirem de alimento para diversos seres aquáticos (LANGE, et al., 2002), são também fundamentais para a manutenção da vida na Terra, produzindo mais oxigênio que todas as plantas terrestres, sendo responsáveis pela produção de maior parte do oxigênio (O2) da atmosfera (CHISTI, 2024 citado por SCHMITZ, et al, 2012). Esses microrganismos podem ser utilizados como matéria-prima para produzir diversos bioprodutos, como combustíveis, cosméticos, ração animal e suplementos alimentares (EMBRAPA, 2016).
São muitas as vantagens da biomassa de microalgas, entre elas estão a alta produtividade (de 10 a 100 vezes maior que na agricultura tradicional), a captura de carbono muito eficiente, o alto teor de lipídeos ou amido e a possibilidade de cultivo em água salgada, água salobra ou mesmo em águas residuais (EMBRAPA, 2016). Sendo a biomassa de microalgas tão eficiente na produção de combustíveis não fósseis, garantindo um rendimento próximo a 100%.
Infelizmente, as atuais ações antrópicas como o desmatamento, o depósito de resíduos em lugares inadequados, o despejo de esgoto sem tratamento prévio, o excesso de fertilizantes e defensivos agrícolas, vêm colaborando com a degradação e poluição dos recursos hídricos, local onde as microalgas estão presentes. Esses organismos possuem extrema sensibilidade às transformações no meio ambiente. Logo, com as mudanças ambientais, as microalgas agem como seres indicadores da qualidade ambiental, a partir da ausência ou abundância de uma ou mais espécies, em relação às outras. Ademais, possuem capacidade de retenção e imobilização de matéria orgânica e metais tóxicos (DOSCHII et al., 2007 & SCHMITZ et al., 2012).
REFERÊNCIAS:
Imagens: https://unsplash.com/pt-br
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Reino Protista ou Protoctista"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/protista.htm. Acesso em: 21 de set. de 2024.
SCHMITZ, Roberta,MAGRO, Clinei Dal, COLLA, Luciane Maria. APLICAÇÕES AMBIENTAIS DE MICROALGAS, 2012. Disponível em: https://seer.upf.br/index.php/ciatec/article/view/2393. Acesso em: 21 de set. de 2024.
BARCELLOS, Amanda Desireux,BARRETO, Antonio Geraldo da Silva Sá, MACHADO, Bruna Aparecida Souza, DRUZIAN, Janice Izabel. MICROALGAS E SEU POTENCIAL DE USO, 2012. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/90300044/8288-libre.pdf?1661534136=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DMicroalgas_e_Seu_Potencial_De_Uso.pdf&Expires=1726951518&Signature=KEZdOEROQaGLRGgevsuIAr5gLYLTCsw3LGEQPZIR1THamknR6XQGdhvkHcireCVybe-MOmjQTxNjwEH9HJBnyWhE8HC0hxDjuw8bu-pV0Lo0Enq~4rQl0JaYP4DKP7xAQSJFzcB~LR1f1NaGFLn4eVC~iuqo9-ht0e8XXnT7~zqfl3tOZATZnIDElKlPLT~pAiHth~EsrGR4Ymp5Yx04hKa~V9fKjY-z4RlAD3h9fM5iwrZhUtcyiGNEyJUTXLJ3nVItF5me5~IpNkXO9KLkiLvvNuuzSfzvMDqV1W4IBlemqyz8DCTs0PhQ8gLeiSnq9BhnUqkajt0aspJrF1b-dQ__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA. Acesso em: 21 de set. de 2024.
LANGE, Omara, GUERRA, Teresinha. Análise ambiental da sub-bacia do arroio Itapuã: Caderno para Educação Ambiental (Ecossistema aquático: o plâncton), 2002. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/259723/000340983.pdf?sequence=1. Acesso em: 21 de set. de 2024.
SECCO, Isabela Teixeira da Silva. VIABILIDADE DA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEL OBTIDO ATRAVÉS DE ALGAS, 2019. Disponível em: https://ric.cps.sp.gov.br/handle/123456789/9622. Acesso em: 21 de set. de 2024.
PINESE, Olívia Penatti. ECOLOGIA DE COMUNIDADES ZOOPLANCTÔNICAS ASSOCIADAS A VEREDA NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA, MG, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/13440/1/EcologiaComunidadesZooplanctonicas.pdf. Acesso em: 21 de set. de 2024.
Sobre a autora: Ticianne Ester de Almeida Silveira, graduanda em Ciências Biológicas / Bacharelado e Licenciatura - UFU. É apaixonada por Restauração Ecológica, Veredas e ama estudar a vida.
Contato: ticianneester.minasbio@gmail.com
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