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Fake News e o Coronavírus: o impacto das notícias falsas no combate à pandemia.

Alimentos alcalinos evitam o coronavírus? Número de óbitos por COVID é de 946? Vacina da gripe aumenta risco de adoecer por coronavírus? Essas e diversas outras notícias que circulam pela internet são falsas.


Paralelo ao desenvolvimento da Pandemia de Covid-19, se intensificou um processo já conhecido há bastante tempo, a disseminação das Fake News e isso trouxe diversas consequências negativas ao país, como por exemplo o aumento na dificuldade de se estabelecer medidas de prevenção e combate ao vírus.

Mas afinal, o que são as Fake News?


O termo é referente à criação e disseminação excessiva de notícias falsas, com o intuito de distorcer fatos, de atrair um determinado público, de enganar, desinformar, induzir ao erro, além de manipular a opinião pública e desprestigiar ou exaltar uma instituição ou uma pessoa, diante de um assunto específico. (Galhardi et al, 2020)


Segundo Henriques, C. (2018), a área da saúde é um bom meio para boatos e rápida circulação de notícias, em razão da falta de acesso a informação correta sobre diversas doenças por grande parte da população, pela baixa credibilidade das autoridades sanitárias e pela ansiedade por notícias em relação às doenças e epidemias. Tudo isso intensifica a velocidade da transmissão das fake news.


Além do mais, um estudo realizado por pesquisadores do Massachusetts Istitute of Technology, demonstra que notícias falsas têm 70% mais chances de viralizar do que notícias verdadeiras, sendo que cada postagem verdadeira alcança, em média mil pessoas, enquanto as falsas atingem de mil a 100 mil pessoas. (Galhardi et al, 2020)


Qual o perigo das Fake News em relação a Pandemia?


A disseminação de notícias falsas, durante a pandemia, enfraquece a população aos cuidados necessários de prevenção, a influência na tomada de determinadas atitudes - como por exemplo acreditar que algumas receitas caseiras impedem a contaminação, o que não é verdade - e contribui para o descrédito das ciências e das instituições de saúde, o que expõem as pessoas a um grande risco. (Galhardi et al, 2020)


De acordo com Galhardi et al (2020), o aplicativo de mensagens WhatsApp e o Facebook são as plataformas mais utilizadas na disseminação de desinformação pela população brasileira.



Como identificar uma Fake News?


Como forma de combater as Fake News e ensinar a população a identificar quando uma notícia é falsa, a Universidade Federal de Pernambuco criou o Manual de Enfrentamento de Fake News em tempos de Covid-19, onde apresenta maneiras práticas de se identificar uma notícia falsa. Você pode acessá-lo clicando aqui.


Além disso, o Ministério da Saúde, disponibiliza um número de WhatsApp para que qualquer pessoa possa enviar mensagens com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais a respeito de notícias/informações virais sobre a pandemia, onde essas informações serão apuradas por áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira. O número é (61)99333-8597.


O Ministério da Saúde também tem em seu site, https://antigo.saude.gov.br/fakenews/, uma página com as notícias identificadas como falsa ou verdadeira e o motivo de cada uma.



Para saber mais informações sobre o coronavírus leia nosso texto Covid-19: um alerta da natureza e sobre a vacinação leia Uma breve história sobre a vacinação no Brasil.


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REFERÊNCIAS


ALBUQUERQUE, Ulysses et al. MANUAL DE ENFRENTAMENTO DE FAKE NEWS EM TEMPOS DE COVID-19. 2021. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39112/1/Manual%20fake%20news%20Covid-19.pdf>. Acesso em 16 de março de 2021.



Galhardi, Cláudia Pereira et al. Fato ou Fake? Uma análise da desinformação frente à pandemia da Covid-19 no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 25, suppl 2 [Acessado 16 Março 2021] , pp. 4201-4210. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-812320202510.2.28922020>. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-812320202510.2.28922020.



GOVERNO FEDERAL. Ministério da Saúde. Fake News. Disponível em: <https://antigo.saude.gov.br/fakenews/>. Acesso em 16 de março de 2021.


Henriques C. A dupla epidemia: febre amarela e desinformação. Rev Eletrônica Comunicação Informação Inovação Saúde 2018; 12(1):9-13.


Vosoughi S, Roy D, Aralet S. The spread of true and false news online. Science 2018; 359(6380):1146-1151.




 

Sobre a autora: Maria Cecília Porto Novais, graduanda em Ciências Biológicas/Licenciatura-UFU.

Contato: mceciliapnovais@gmail.com @ceciliapnovais



 


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